domingo, 12 de dezembro de 2010

2.500 Réis --- Chapa 4 --- Prata




Dimensões: 125 x 81 mm. Mancha da gravura da frente da nota: 117 x 73 mm.
Emissões: 11.880.000 notas com as seguintes datas:

                                                                              BC         MBC
                20 de Junho de 1909...........................125€        250€
                30 de Junho de 1909...........................125€        250€
                30 de Setembro de 1910.....................125€        250€
                27 de Junho de 1919...........................125€        250€

Primeira emissão: 1 de Março de 1916
Última emissão: 28 de maio de 1920
Retirada da circulação: 25 de Maio de 1928
Cor: Preto, laranja e verde. Sobrecarga "República" a preto.
Face: Do lado direito a efígie do Governador da India, Afonso de Albuquerque.


Obs:
Chapa 11A 2.500 Réis --- Similar à Chapa 4
                                                                              BC            MBC
Sobrecarga "República" a vermelho....................200€          500€

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

2.500 Réis --- Chapa 3 --- Prata




Dimensões: 127 x 83 mm. Mancha da gravura da frente da nota: 118 x 74 mm.
Emissões: 3.280.000 notas com as seguintes datas:

                                                                             BC        MBC
               29 de Setembro de 1903......................200€       500€
               11 de Março de 1904...........................200€       500€
               30 de Agosto de 1904..........................200€       500€
               25 de Agosto de 1905..........................200€       500€

Primeira emissão: 5 de Maio de 1904
Última emissão: 14 de Fevereiro de 1906
Retirada da circulação: 5 de Agosto de 1907
Cor: Castanho. Papel com filigrama grande "Banco de Portugal"

2.500 Réis --- Chapa 2 --- Prata




Dimensões: 125 x 81 mm. Mancha da gravura na frente da nota: 117 x 73 mm
Emissões: 7.300.000 notas com as seguintes datas:

                                                                              BC         MBC             
                16 de Fevereiro de 1893......................180€        450€
                31 de Dezembro de 1897.....................180€        450€
                31 de Outubro de 1899........................180€        450€
                25 de Maio de 1900..............................180€        450€

Primeira emissão: 1 de Maio de 1893
Última emissão: 18 de Fevereiro de 1904
Retirada da circulação: 5 de Maio de 1904
Cor: Preto com fundo amarelo e violeta. No verso, azul com fundo amarelo.

domingo, 14 de novembro de 2010

2.500 Réis --- Chapa 1 --- Prata


Lisboa, 1 de Junho de 1891

Dimensões: 124 x 80 mm.
Mancha na gravura da frente da nota: 114 x 71 mm
Emissões: 4.800.000 notas com as seguintes datas:

                                                                               BC        MBC
1 de Julho de 1891...............................................200€......500€

Primeira emissão: 3 de Julho de 1891
Última emissão: 23 de Março de 1892
Retirada da circulação: 1 de Março de 1893
Cor: Vermelho



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

1000 Réis --- Chapa 3 --- Prata


Lisboa, 30 de Setembro de 1910

Dimensões: 120 x 77 mm.
                    Mancha da gravura da frente da nota: 110 x 68 mm
Emissões: 2.700.000 notas com a seguinte data:

                                                                           BC            MBC
30 de Setembro de 1910...................................75 €..........150 €

Primeira emissão: 20 de Julho de 1917
Última emissão: 18 de Setembro de 1917
Retirada da circulação: 30 de Janeiro de 1929
Cor: Azul claro

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sobre a Notafilia - Estados de Conservação



Léxico Notafílico

Apólice
Documento comprovativo de determinada operação financeira. Quando represente empréstimos ao Estado pode ser emitido ao portador e como tal aceite como meio legal de pagamento ao estado, ou caso tenham curso forçado, entre particulares.  Cédula 
Título fiduciário emitido pelo Estado ou por sua autorização, representativo de moeda metálica divisionária ou de trocos e, como essa, de poder liberatório limitado. 

Cédula Particular

Semelhante à cédula, mas emitida por entidades particulares, sem autorização estatal, para suprir a falta de moeda metálica divisionária. Também designadas por "papel moeda de emergência". 

Certificado

Papel moeda representativo da moeda e equiparado às notas do banco emissor, de valor nominal superior ao das moedas metálicas correntes. 

Cheque-Nota

Cheque emitido ao portador por um banco emissor, de valor bem definido e obrigatoriedade de ser aceite como nota de circulação, normalmente por um perí odo transitório. 

Cheque-Prata  - (Pantgans)

Título fiduciário emitido por bancos privados de Macau no período de 1923 a 1944, representativos de depósitos de moeda de prata. 

Moeda de Papel

Documento com poder aquisitivo emitido pelo Estado ou por sua autorização, com curso legal e poder liberatório. Pode ser de três espécies: representativa, fiduciária ou papel moeda. Por este último nome é hoje em dia vulgarmente designada toda a espécie de moeda papel ou cédulas particulares de papel. 

Nota

Moeda principal de papel numa circulação fiduciária. Goza de curso legal e poder liberatório ilimitado, sendo convertível à  vista e ao portador. 

Nota de Banco

Título fiduciário sem juro, aceite como meio legal de pagamento e de poder liberatório limitado. Pode ser convertível ou não em metal (cobre, prata e ouro). Em Portugal, desde 1975, as notas do Banco de Portugal deixaram de ser convertí veis em ouro. 

Notafilia

É o estudo, a pesquisa do escrito particular (cédula, bilhete ou nota, normalmente em papel) que representa a moeda de curso legal. 

Notgeld

Foi uma peculiar saída encontrada para a falta de dinheiro corrente que existiu principalmente nos paises germânicos na Europa central (Alemanha e Áustria), durante e logo após a Primeira Grande Guerra, ficando conhecida na sua abrangência pelo nome em alemão Notgeld ou dinheiro de emergência. 

Numerário

Conjunto de todas as moedas metálicas e de papel com curso legal num país. 

Poder Liberatório

Capacidade da moeda de resgatar dí vidas. Pode ser limitado, quando é fixada a quantia máxima da sua aceitação obrigatória, ou ilimitado, quando libera dívidas de qualquer montante. Em Portugal, a moeda divisionária, ou comemorativa, tem poder liberatório limitado. 

Sobrecarga

Expressão genérica para designar "carimbo" ou "contramarca". Em quase todas as suas primeiras emissões o BNU teve de utilizar sobrecargas, a fim de legalizar a circulação do seu papel moeda noutro território que não aquele para o qual a emissão tinha sido inicialmente impressa. 


Governadores:

António Augusto Pereira de Miranda  - 1887 a 1891
Pedro Augusto de Carvalho  - 1891 a 1894
Júlio Marques de Vilhena  - 1895 a 1907
José Adolfo de Mello e Sousa  - 1907 a 1911
Inocêncio Camacho Rodrigues  - 1911 a 1936
Rafael da Silva Neves Duque  - 1957 a 1963
António Manuel Pinto Barbosa  - 1966 a 1974
Manuel Jacinto Nunes  - 1974 a 1975 e 1980 a 1985
José da Silva Lopes  - 1975 a 1980
Vitor Manuel Ribeiro Constâncio  - 1985 a 1986 e desde 2000
José Vasconcelos Tavares Moreira  - 1986 a 1992
Luis Miguel C. Pizarro Beleza  - 1992 a 1994
Antonio José Fernandes de Sousa  - 1994 a 2000



Estados de Conservação Nova
Nota não circulada encontrando-se absolutamente perfeita em todos os pormenores de impressão, cores e brilho originais e todo o relevo calcográfico. O papel deve apresentar a superfície perfeitamente lisa, cantos direitos, sem vestígios de dobras, sujidades, ou qualquer tipo de agressões. 

Quase Nova 
Nota não circulada que apresenta alguma, mas apenas uma, ligeira imperfeição: vinco central suave, duas ou três pequenas dobras, superfí cie ondulada, cantos arredondados. 


Bela
Nota que aparenta pouco uso, mantendo intactas todas as caracterí­sticas de impressão. Papel sem perda de elasticidade, com vinco central mais pronunciado, aceitando-se outra pequena dobra e ligeira sujidade. 


Muito Bem Conservada
Nota com evidentes sinais de circulação, algum desgaste nos pormenores de impressão (descoloração e perda de brilho). Papel com vinco central forte, outros vincos laterais, perda de elasticidade e rigidez e várias sujidades mas pequenas. 


Bem Conservada 
Nota com desgaste evidente na impressão, mas sem mostrar interrupções no desenho da gravura. Papel com perda de elasticidade, embora deva ainda mostrar alguma rigidez, com vários vincos e sujidades, sendo aceitável alguns rasgões nas margens, sem falta de papel. 


Regular
Nota muito usada e danificada, com descoloração da superfí cie impressa, devendo, no entanto, serem ainda bem visí veis os pormenores mais importantes do desenho. Papel com rompimento de fibras, especialmente no centro, com perfurações, cantos cortados, margens com rasgões que entram pela mancha, pequenas faltas de papel nas margens.  ^

Mal Conservada
Nota evidenciando intensa circulação e desgaste superficial com perda de coloração. Papel com obliterações, faltas de papel, rasgões profundos e furos provocados pela destruição do papel.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Indrodução a "Notas Antigas de Portugal"


"Notas Antigas de Portugal" tem como objectivo descrever detalhadamente as Notas em Réis & Escudos emitidas em Portugal. Nas descrições apresentadas, serão adicionadas fotos das notas em questão, essa fotos têm a marca "Notas Antigas de Portugal" para desta forma reduzir o "copy e paste", deixo a informação que as fotos são minhas e não devem ser copiadas sem a minha autorização.

São Notas raras e muito  procuradas por coleccionadores e comerciantes da especialidade. Será adicionado um valor de referência a cada exemplar excepto as notas consideradas de alta raridade. Serão também descritos na Página,  factos relacionados com a Historia de Portugal, do papel moeda em geral, Banco de Portugal, etc. em resumo, tudo o que engloba o tema notafilia. É possível que sejam também publicadas notícias  com destaque especial por estar ligadas ao tema.

Este espaço tem também como pano de fundo, orientar coleccionadores menos sabidos que procuram informação detalhada sobres as notas emitidas em Portugal. Desta forma, a informação pode servir não só para aumentar o conhecimento na área da Notafilia, mas também na orientação e ajuda da colecção que vai iniciar, ou da que já está em processo de  iniciação, ou até mesmo para avaliação. 

Acrescento que em cada exemplar apresentado, será adicionado um preço que pode oscilar perante a oferta e a procura, os preços apresentados estão de acordo com a referência geral nos catálogos de notafilia em Portugal e no mundo incluíndo também os preços praticados nas feiras e mercados da especialidade em Portugal.

A sigla BC, significa "Bem Conservada", a sigla MBC, significa "Muito Bem Conservada" e a sigla "Bela" diz respeito a uma nota praticamente nova, sem qualquer vinco ou sujidade podendo apresentar dobra central. Segue-se então o estado de "NOVA" ou seja nota que deve estar em toda a sua plenitude, impecavelmente apresentável e tal e qual como saiu do Banco que a emitiu.

Obrigado por partilhar este espaço. O Coleccionador é sempre um homem feliz

1.000 Réis --- Chapa 2 --- Prata


Notafilia --- Monarquia

Dimensões: 119 x 75 mm. Mancha da gravura da frente da nota: 111 x 55 mm
Emissões: 8.720.000 notas com as seguintes datas:

                                                                                BC        MBC
24 de Março de 1896............................................150€      350€
31 de Dezembro de 1897......................................150€      350€
31 de Outubro de 1899.........................................150€      350€
30 de Novembro de 1900......................................150€      350€

Primeira emissão: 26 de Maio de 1896
Última emissão: 07 de maio de 1901
Retirada da circulação: 31 de maio de 1902
Cor: Azul e rosa

Obs. Existem diversas variantes com várias tonalidades.

sábado, 23 de outubro de 2010

O Papel moeda


Papel-moeda é dinheiro na sua forma impressa emitido por um banco. O papel-moeda é considerado um meio de pagamento.

Histórico
A ideia do papel-moeda nasceu no dia em que uma pessoa, necessitando de moedas correntes, entregou a outra um vale para troca de mercadorias ou metais (ouro, prata, ferro ou cobre), depois dado em pagamento a um terceiro, com direito de recebê-lo do emitente. Com função semelhante, circularam na Idade média recibos de depósitos de ouro em pó, que circulava como moeda-corrente, pois era facilmente divisível, mas difícil de ter a sua pureza garantida. Esses comprovantes chamava-se recibos de ourives, pois eram neles que certos comerciantes confiavam, graças à sua idoneidade e cuja assinatura garantia os valores apresentados.

Os Bilhetes de Banco - Os comerciantes, preocupados com o cerceamento do ouro das moedas, eram obrigados a pesar as peças e a verificar o teor de metal fino, em operações bastante demoradas. Para evitá-las, eles passaram a guardar o dinheiro em bancos de depósitos que surgiram na ália e alguns outros países do século XII ao XV. Eles recebiam um certificado de depósito, do qual constava a promessa de devolução ao portador da quantia entregue. Esse bilhete, conversível à vista, deu início ao que conhecemos hoje como moeda de papel ou representativa, que contava, assim, com um lastro de metal nobre. No Séc. XIII, o famoso navegador veneziano Marco Polo levou a cabo sua aventura pela China. Os seus registros contém as primeiras descrições ocidentais com relação ao papel-moeda na uma forma monetária incompreensível para os europeus daqueles tempos devido à falta de um valor intrínseco e real: o lastro. Essa forma de papel-moeda  desenvolveu-se por si própria, inicialmente como dinheiro de emergência e logo após como forma legal. Na Suécia, em 1661, devido à falta e à incredulidade das moedas de baixo valor em cobre e a escassez de prata até então correntes, foram emitidas as primeiras cédulas sem lastro na Europa pelo Stockholms Banco.

A ideia de papel-moeda lastreado por um metal nobre  manteve-se firme até a Segunda Guerra Mundial, época na qual vários países tiveram as suas economias completamente modificadas. As recentes teorias e observações económicas e mercadológicas deram um novo formato e função ao papel-moeda, transformando-o numa representação da saúde económica de um país.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

1.000 Réis --- Chapa 1 --- Prata



Dimensões: 117 x 74 mm. Mancha da gravura da frente da nota: 110 x 67 mm
Emissões: 6.500.000 notas com as seguintes datas:

                                                                              BC........MBC
01 de Julho de 1891.............................................100€......200€

Primeira emissão: 22 de Julho de 1891
Última emissão: 04 de maio de 1896
Retirada da Corculação: 25 de Maio de 1896
Cor: Castanho e rosa
Marca da água: "Banco de Portugal"

5.A 1.000 Réis --- Similar à Chapa 1

Palavra impresso a preto. Verso da nota com desenho e fundo diferente
Valor similar aos 1.000 réis Chapa 1.


sábado, 16 de outubro de 2010

500 Réis --- Chapa 3 --- Prata


Dimensões: 119 x 73 mm. Mancha da gravura da frente da nota: 111 x 65 mm.
Emissões: 846.860.000 notas com as seguintes datas:

                                                                                  BC      MBC
27 de Dezembro de 1904.........................................40€......70€
30 de Setembro de 1910..........................................40€......70€
Data anterior com sobrecarga a Vermelho..............175€....500€
Data anterior com sobrecarga a Preto......................40€....100€


Primeira Emissão: 20 de Julho de 1917
Última Emissão: 04 de Junho de 1925
Retirada da circulação: 24 de Junho de 1929
Cor: Verde escuro, com fundo alaranjado

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

500 Réis --- Chapa 2 --- Prata


Dimensões: 115 x 70 mm. Mancha da gravura da frente da nota: 109 x 65 mm
Emissões: 8.720.000 notas com as seguintes datas:
                                                                                 BC       MBC
                 22 de Julho de 1899..............................100€......350€
                 25 de Maio de 1900..............................100€......350€

Primeira emissão: 26 de Maio de 1900.
Última emissão: 10 de Novembro de 1903
Retirada da circulação: 22 de Abril de 1905.
Cor: Laranja





quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Breve história do Banco de Portugal


O Banco de Portugal foi criado por decreto régio em 19 de Novembro de 1846, tendo a função de banco comercial e de banco emissor. Surgiu da fusão do Banco de Lisboa e da Companhia Confiança Nacional, uma sociedade de investimento especializada no financiamento da dívida pública.

Foi fundado com o estatuto de sociedade anónima e, até à sua nacionalização, em 1974, era maioritariamente privado.
Até 1887, o Banco de Portugal partilhou com outras instituições o direito de emissão de notas. Com a publicação do Decreto de 9 de Julho de 1891, o Banco de Portugal passou efectivamente a deter o exclusivo da emissão para o Continente, Açores e Madeira.

Durante a primeira década de existência, o Banco de Portugal atravessou um período agitado, findo o qual entrou numa longa fase de crescimento vigoroso, como banco comercial mais importante do país, a qual durou até à I Guerra Mundial. Contribuiu significativamente para isto o facto de a dívida pública, que era persistente, se ter podido monetizar, em grande parte, à custa de empréstimos públicos e não através da emissão de moeda. Enquanto durou o padrão-ouro (até 1891), uma das principais preocupações do Banco de Portugal foi assegurar a convertibilidade em moeda metálica das notas que emitia.

Sem que oficialmente isso fosse parte das suas atribuições, o Banco de Portugal assegurava paralelamente a função de "prestamista de última instância" no sistema bancário, prevenindo ou atenuando várias crises do mesmo.

A partir da crise financeira e monetária de 1891 e do estabelecimento da inconvertibilidade das notas do Banco de Portugal, cessou esta política monetária activa, fixando-se a taxa de desconto num nível que perdurou até 1914. Em contrapartida, manteve-se e desenvolveu-se a função de "banco dos bancos", acompanhada de um certo grau de supervisão informal do sector.

Em Junho de 1931, operou-se uma profunda reforma nas funções e nos estatutos do Banco de Portugal. Foram definidas novas regras que limitavam a expansão do passivo do Banco de Portugal, relacionando-o com o montante de reservas em divisas. Estas regras, juntamente com outras de aplicação rigorosa, que limitavam a capacidade do banco para financiar o Estado, criaram condições para o controlo monetário efectivo. A dependência administrativa do Governo aumentou e o Banco de Portugal assumiu o compromisso de prosseguir uma política de taxas de juros e de câmbios fixos.

Em seguida, o comércio e os movimentos de capitais foram totalmente liberalizados. O facto de haver excedentes orçamentais possibilitou esta liberalização e assegurou a viabilidade de uma política monetária de modo geral passiva, até meados da década de setenta. Durante todo este período, as funções do Banco de Portugal modificaram-se substancialmente, e o seu âmbito foi alargado à área dos pagamentos internacionais, à gestão das reservas e à política monetária interna.

 

Pós-guerra

Durante a II Guerra Mundial e no pós-guerra voltaram a ser introduzidas restrições às transacções internacionais, o que levou ao desenvolvimento de um sistema muito complexo de controlo cambial, abrangendo as operações de capitais, de mercadorias e de invisíveis correntes. As competências normativas nesta área, assim como a supervisão do sistema, passaram a ser da responsabilidade do Banco de Portugal, o qual começou a actuar como agente do Governo nas relações com organizações monetárias internacionais.

No final da década de 50, foi criado um enquadramento normativo regulador da actividade dos bancos comerciais e de outras instituições de crédito.

Entre 1957 e 1960, foram aprovadas leis que obrigaram os bancos a constituir reservas mínimas de caixa e que conferiam ao Banco de Portugal grandes responsabilidades, permitindo-lhe maior intervenção nas áreas de controlo do crédito e na fixação das taxas de juro.

 

Da nacionalização até 1997

Depois da sua nacionalização, em Setembro de 1974, as funções e estatutos do Banco de Portugal foram redefinidos através da Lei Orgânica publicada em 15 de Novembro de 1975, que lhe atribuía o estatuto de banco central e incluía, pela primeira vez, a função de supervisão do sistema bancário.

Devido às alterações sociais, a política monetária tornou-se mais activa e o Banco de Portugal assumiu importantes responsabilidades nas áreas do controlo monetário e do crédito e na organização e regulamentação dos mercados monetários, principalmente após a adesão de Portugal à Comunidade Europeia, em 1986.

À medida que a política orçamental ia sendo controlada e se verificava uma integração crescente nos mercados europeus, as funções do Banco de Portugal aproximavam-se das dos restantes bancos centrais europeus.

Em Outubro de 1990, foi promulgada nova Lei Orgânica, cujas principais inovações diziam respeito às limitações impostas ao financiamento dos défices do Estado, sendo incluídas outras disposições garantindo maior independência ao Conselho de Administração do Banco de Portugal.

O enquadramento da política económica sofreria, entretanto, uma modificação substancial ao longo de 1992, traduzindo a opção das autoridades por políticas voltadas para a estabilidade nominal.

Assim, em Abril, ocorreu a adesão do Escudo ao Mecanismo das Taxas de Câmbio (MTC) do Sistema Monetário Europeu (SME).

Em Dezembro, foi decidida a completa liberalização dos movimentos de capitais, tornando o escudo plenamente convertível.

Também no quadro das adaptações decorrentes da preparação para a União Económica e Monetária (UEM), a Lei Orgânica do Banco de Portugal viria a sofrer alterações profundas em 1995.

A estabilidade dos preços surge como a principal missão do Banco de Portugal; é alargada a sua autonomia na condução da política monetária; e aumentam as suas atribuições no domínio dos sistemas de pagamentos.

 

União Económica e Monetária

Em Janeiro de 1998, a Lei Orgânica do Banco de Portugal voltou a sofrer profundas alterações, que visaram reforçar a sua autonomia, nos termos exigidos pela participação de Portugal na terceira fase da UEM, e preparar a sua integração no Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC) a partir de 1 de Janeiro de 1999.

Em Março de 1998, a Comissão Europeia propôs a participação na área do euro, a partir de 1 de Janeiro de 1999, de 11 Estados-membros, Portugal incluído. Nesse mesmo mês, o Banco de Portugal emitiu a pedido do Governo um parecer segundo o qual a recomendação formulada pela Comissão Europeia correspondia ao espírito e à letra do Tratado da União Europeia (UE).

Em 2 de Maio de 1998, os chefes de Estado e de Governo da UE decidiram que a UEM se iniciaria em 1 de Janeiro de 1999 com 11 Estados-Membros, Portugal incluído. Na mesma altura, os ministros dos Estados-Membros que adoptam o euro como moeda única, os governadores dos bancos centrais dos referidos Estados-Membros, a Comissão Europeia e o Instituto Monetário Europeu (IME) chegaram a acordo quanto ao método de determinação das taxas de conversão irrevogáveis para o euro na data de início da Terceira Fase da UEM. Decidiram também que as então taxas centrais bilaterais do MTC das moedas dos Estados-Membros participantes seriam utilizadas para determinar as taxas de conversão irrevogáveis para o euro.

A partir de 1 de Junho de 1998, o Banco de Portugal passou a fazer parte do SEBC.

Em 1 de Janeiro de 1999, depois de na véspera o Conselho da UE ter aprovado as taxas irrevogáveis de conversão entre o euro e as moedas dos 11 Estados-Membros participantes, deu-se início à Terceira Fase da UEM, marcada pela existência de uma política monetária única e de uma moeda única - o euro. As moedas dos 11 Estados-membros participantes, entre os quais o escudo, passaram assim a ser meras denominações nacionais do euro.

Nesta data entrou em vigor uma nova versão da Lei Orgânica do Banco de Portugal, incorporando as alterações decorrentes da sua integração no SEBC que apenas careciam de entrar em vigor a partir do início da Terceira Fase da UEM.

Em 1 de Janeiro de 2002, entraram em circulação as notas e moedas de euro. Na introdução física do euro em Portugal, bem como na campanha de informação que lhe esteve associada, o Banco de Portugal desempenhou um papel determinante.

500 Réis --- Chapa 1 --- Prata


Dimensões: 115 x 72 mm. Mancha na Gravura dsa frente da nota: 105 x 62 mm.
                    Marca de água do "Banco de Portugal"
Emissões: 25.960.000 notas com a seguinte data:

                                                                         BC.......MBC
                1 de Julho de 1891...........................100€......300€

Primeira emissão: 28 de Julho de 1891.
Última emissão: 27 de Junho de 1899.
Retirada da circulação: 29 de Maio de 1900.
Cor: Castanho com fundo salmão.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

200 Réis --- Prata

A primeira Nota a ser lançada neste Blog, é uma nota de 200 Réis que nunca chegou a ser emitida. Estas notas foram guardadas  na casa forte do Banco, e posteriormente queimadas.


A esta nota não é atribuido qualquer valor por ser condiderada RARA

Dimensões: 109 x 45 mm. Mancha na gravura da frente da nota: 104 x 49 mm
Emissões: A data que lhe estava destinada.
                                                                                          MBC
                 1 de Agosto de 1891........................................RARA